A férula, ou cetro, ou bastão prioral e cantoral, deriva do bordão, o antigo bastão usado pelos peregrinos e é considerado o símbolo do tutor, do mestre; é sinal, portanto, da autoridade, legítima confiança ao chefe eleito. Do bastão deriva, em consequência, o cetro portado pelo rei, o bastão de marechal portado pelos condutores e o báculo pastoral portado pelos bispos.
A férula prioral ou cantoral era de prata ou de madeira revestida de prata e terminava, geralmente, com um esfera, ou com a reprodução de uma Igreja ou de outra figura alegórica e constituía o emblema dos vigários capitulares, dos arciprestes e dos colegiados, dos prebostes e dos priores de ordem religiosas.
Vinha usado, portanto, pelo mestre do coro ou primeiros cantores; neste caso se chamava bastão cantoral e terminava com a extremidade em forma de clava. O bastão servia para dar diretrizes durante as solenes celebrações litúrgicas no curso do canto oral.
Heraldicamente, a férula prioral ou cantoral vinha colocado atrás do escudo, num mastro, em sinal honorífico.
Não confundir com a Férula Papal (ver mais aqui).